Trabalhar. Enobrece o homem ao mesmo tempo em que o envelhece mais rápido. Mas dizem que o trabalho prolonga a vida das pessoas. Uma mente ocupada evita que o ócio e as idéias destrutivas ocupem o espaço produtivo. Então, analisando por este ângulo, o ócio mata. Mas nunca vi ninguém morrer de tanto descansar, já vi pessoas morrerem de tédio, de não ter o que fazer.
Ócio é uma atrofiação das faculdades criativas do cérebro. Quanto mais se trabalha, mais tempo se encontra para desenvolver atividades que parecem impossíveis quando se tem todo o tempo do mundo. Mas trabalhar de verdade, desenvolvendo atividades cansativas e prazerosas, propulsoras de satisfação e de um sentimento de amadurecimento progressivo.
Trabalhar em tarefas dignas de uma máquina burra nada tem que agradável. O famoso batedor de carimbo ou o aferidor de estoque. Entendiante só de se pensar.
Mas conseguir um trabalho que sera prazeroso e remunere de maneira razoável nem sempre é possível. E hoje em dia o quesito é dinheiro.
Temos uma economia ótima graças aos bons brasileiros, exceto os que estão em brasília, que trabalham nas mediações do eixo monumental.
Tenho uma teoria interessante de que criaram uma cidade longe da maioria das capitais para que a polícia tivesse mais tempo preparando a defesa dos políticos e num lugar plano tem-se a visibilidade mais apurada do que num planalto. Nesse simples detalhe vários políticos tiveram suas vidas poupadas quando na verdade deveriam estar sete palmos abaixo do solo, tratado, cultivado e amado por tantos outros brasileiros de verdade, sem demagogia, sem falsas pretensões.