6.4.06

Vida. capítulo 7.

Foi para o banheiro e teve sensações estranhas que de alguma maneira embrulharam seu estômago.
Entrou em uma das portas e ali ficou sentado. Meia-hora se passou e sua mente viajava pelos hecatares da fazenda do seu avô. Brincava nos verdes pastos e depois, sujo e cansado, se jogava no sofá de couro marrom. Sua avó lhe trazia bolo de fubá e noutra mão, suco de melancia.
Achou a lembrança reconfortante. Caminhou até a porta do quarto e seu pai já havia saído. Ao lado da cama notou uma grande caixa branca. A companheira de sua mãe parecia assustada, mas apesar disso falou com calma.
"-Demorou pra chegar.
-Tive uns problemas no caminho, mas não deixaria de vir."
Sua mãe esboçou um sorriso e ele deitou seu rosto sobre o dela. Notou seu lábio se contrair apenas em um lado.
Adormeceu na poltrona e acordou de madrugada. Foi direto para o serviço. Chegou e percebeu que seu armário estava aberto. Suas ferramentas foram roubadas. Foi até a direção relatar o fato e foi informado que "a responsabilidade sobre suas ferramentas e demais pertences é sua, assim como o prejuízo em caso de perda ou roubo" ...

continua.