Não sou adepto do amor vendido em mercado, onde se adquire o direito de falar "eu te amo" como algo banal, como se fosse dito de maneira mais fácil do que "um bom dia da boca do cidadão comum". Dizer "eu te amo" não é um lugar-comum e envolve muito mais responsabilidade do que dizer que "matou um anônimo", pois "pode-se matar um conhecido", uma pessoa querida, com palavras escolhidas erroneamente. Não é proibido, mas também nao é permitido. Fala-se a "torto e a direito" e já não se sabe quando é e quando não é. A verdade é que a expressão "eu te amo" foi privatizada por uma empresa controladora de sentimentos, impositora de medos, de desejos e esta, "cria" pessoas que tem medo até de falta papel-higiênico no banheiro do shopping! E tudo vira fobia.("faltadepapelhigienicofobia").
Acham que falar "eu te amo" é vantajoso, que sai na malandragem e já que é de graça e impressiona, por que não usar?
Mas o preço a se pagar é mais alto do que o imaginado, é o preço de virar banal. E o banal não tem nome, anda tranquilamente na rua e não é reconhecido; é comum, é banal.
O mais engraçado é o "eu te amo" da pessoa hipócrita. Este, consegue distorcer até o modelo "comercial" de "eu te amo" e transformar o que deveria ser bom em um jeito de "ataque frontal maciço por todos os lados" com consequências irreversíveis. Esse "eu te amo" é considerado mais letal do que um "tiro" pelas costas, por se tratar de um "calibre 12 cano duplo"!
Sejamos simples, voltemos ao "eu te amo" gratuito dos sacolões de domingo, onde eram usados de verdade e traziam benefícios pra todos sendo, pelo menos, sinceros. Não se banaliza as demonstrações de sentimento pois isso mata a alma.
Um comentário:
Jah tinha lido
Foi um dos primeiros textos que voce me mandou... ou que eu li em algum desses flogs da vida. Adorei.
:*
Sempre penso bem antes de dizer isso... nem que seja para deixar a pessoa falando " eu te amo " sem resposta.
:*
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