23.3.06

Vida. capitulo 5.

Examinou o bilhete tentando encontrar algo familiar. A curiosidade estava lhe matando.
Discou para o número indicado. O telefone tocou três vezes até ser atendido.
"Alô? O que você quer comigo? Por que este bilhete na minha porta?"
"Calma meu jovem. Creio que não vá se lembrar de mim, mas me ajudou na hora em que precisava e resolvi fazer o mesmo. Mas acho que não foi a melhor maneira ter deixado um bilhete. Lhe assustei?"
"Não sei mesmo quem fala. Não me lembro de ter feito grande coisa para alguém. Fale logo o que quer! É conhecido do meu pai? Tem algo a ver com minha mãe? Como ela está?"
"Não não rapaz. Não conheço sua família. Mas andei conversando com sua vizinha e ela me disse que precisa de ajuda. Sou um amigo, não se preocupe."
"Como!? Você está me observando? Eu vou chamar a polícia!"
"Não é necessário. Sou aquele velho homem bêbado para quem você pagou uma dose. Aquilo me fez ver que estou no fundo do poço e não preciso disso. Tenho muitas posses meu filho, mas sou um homem solitário e de vida simples. Me deixei levar pela ruína da bebida e sua atitude foi de grande valia.
Hoje já faço tratamento e procuro manter uma vida melhor."
"Não sei o que dizer."
"Não precisa. Fiquei sabendo também que você está trabalhando numa carvoaria e sua mãe está doente."
"O que mais queria é que ela ficasse bem. Só isso."
"Então é nisso que vou te ajudar. Ela se recuperará. Conheço vários bons médicos."
"Acho melhor a gente se encontrar em algum lugar e conversar. Não estou acreditando muito na hitória. Vamos no mesmo bar em que nos encontramos."
"Fechado. Sábado as 14 hrs."

Um comentário:

Severo disse...

surpreendente retorno do bebado do bar... ou não né?