Será que hoje chove?

O dilúvio (lê-se Delúbio) está escorrendo por debaixo da porta do governo, inundando o PT e já molha as meias finas dos partidários. Vinte e cinco anos de oposição ferrenha a praticamente todos os governos democráticos não fizeram bem a este partido, o detentor das práticas honestas e fiscal das atitudes ilícitas de todos os governos. Um dia da caça e o outro do caçador.
Ao ser o foco das atenções por parte de toda a mídia, o PT mostra-se fraco, dissuadido por oposições internas. Uma legenda sustenta várias opiniões divergentes, cada qual com seu líder. O PT e os seus PTzinhos navegam neste mar de lama, onde nem todos são culpados, mas todos tem responsabilidades nas atitudes conseguintes, ou todos afundam.
Acreditou-se muito que Duda Mendonça, cuja campanha para a eleição de Lula fora magistral, quem realmente elegeu o presidente, mas apesar do publicitário ser extremamente competente na sua atividade, ele não é um político. Não possui cadeira ou um gabinete, tampouco um botton de seu partido na lapela. Outras estratégias e atividades foram adotadas para fazer com que as falhas do partido e do próprio presidente fossem maquiadas. Cercaram a base com minas terrestres por todos os lados para que os inimigos não se aproximassem. Mas o inimigo já estava dentro e o foi o mesmo quem pisou nas minas. É preciso rever nosso papel como cidadão, porque passamos da fase de modificadores de governos a público, que assiste a isso tudo no conforto de casa. A sociedade da imagem, da tela de plasma que nos separa da realidade por uma espessura de dez centímetros, mas não procuramos olhar o outro lado. Nos contenta estar vendo o que querem nos mostrar.
O presidente vai a Paris, comemorar a vitória brasileira em exportação de acarajé, caipirinha, cachaça e havaianas. A esquadrilha-da-fumaça atravessa o Oceano Atlântico. Festa para o Brasil na Bastilha. Salvem-nos, os Brasileiros. Não tem problema se a solução for tirada de uma mala, de um contâiner ou da cueca.